segunda-feira, março 22, 2004

Extractos ao acaso

“Sinto que até mesmo para mim a onda se eleva. Incha; dobra-se. Tomo consciência de um novo desejo, de qualquer coisa que se ergue em mim como um cavalo orgulhoso, cujo montador esporeou antes de obrigar a parar. Que inimigo vemos avançar em direcção a nós, tu, a quem agora monto enquanto desço este caminho? É a morte. É ela o inimigo.”

In As ondas, Virgínia Woolf


Hoje um terrorista (Sharon) assassinou outro terrorista (Yassin); é a celebração da morte, da expansão da morte, da propagação da morte. Quem vai parar este cavalo, antes que o cavaleiro continue a esporear?

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