quinta-feira, abril 22, 2004

Lunch Time Blog

Um dia destes o meu compadre Anastácio, numa daquelas informações que ele me costuma dar e que eu vou guardando na agenda para quando me fizerem falta, se é que fazem, disse-me que a maneira de descobrir, quando dois borregos, um branco e um preto, já estão mortos e esfolados, qual dele é o branco ou qual deles é o preto, é pela língua. Pronto está bem, fica a informação. Não faço a mínima ideia se esta observação se aplica aos porcos. Não chegamos a falar disso. Mas uma coisa é certa. Gosto muito mais de porco preto do que de porco branco. As costeletas são mais tenrinhas, o sabor é delicioso e este que comi hoje, dizem, foi alimentado a bolota. Não só não deu para lhe perguntar, porque o porco já estava morto, mas também, mesmo que vivo o javardo se encontrasse, não acredito que me respondesse. A predominância das castas Tinta Roriz e Tinta Branca, Touriga Franca e Touriga Nacional neste Douro fê-lo deixar-me ficar na boca por uns bons momentos de prazer. Não foi uma refeição e peras, mas para um dia de semana, apresentava-se escorreita. Comi uma laranja que eu próprio descasquei. Adoro comê-las em gomos irregulares.

PS. Não te deu o cheiro Schubert? Hoje não me foste visitar à sala de jantar. Estás feito um dorminhoco não é? Acho que quem vai dormir a seta agora sou eu.

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