sábado, abril 17, 2004

Resistência

No dia 29 de Outubro, inaugurei a minha escrita em forma de blog. Fará seis míseros mesitos em breve. Em Fevereiro, o meu filho ensinou-me a colocar um contador de visitas. Passei a saber que alguém o lia e a minha responsabilidade, em ter de dizer uma coisa séria por cada mil quatrocentas e trinta e duas parvoíces, aumentou. Mas sempre resisti a ter comentários por duas razões fundamentais:

1. O que está dar são os chamados blogs políticos. Ou para-políticos. Aí a guerra de comentários faz algum sentido. Sem falsas modéstias, acho que o meu blog não acrescenta nada ao panorama da escrita nacional (certeza absoluta!), mas essencialmente diverte-me (nova certeza absoluta!). A quem mais poderia divertir que levasse a que o comentassem?

2. Na remota hipótese de alguém perder tempo a deixar um comentário, eu ver-me-ía na obrigação, por uma questão de educação e por consideração a quem tem a pachorra de aqui vir, de dar uma, mesmo que pequena, resposta ou agradecimento. Na realidade não previ ainda se tenho essa capacidade, quer em termos qualitativos (novamente, juro, sem falsa modéstia), quer em quantidade de tempo.

No entanto, ultimamente, têm-me chovido (literalmente) e-mails a solicitarem-me que colocasse uma caixinha de comentários para me puderem dizer algo sobre o que escrevo. Além disso, tenho reparado em comentários noutros blogs, referindo o meu e lamentando o facto de não o poderem fazer aqui mesmo.

A minha resistência foi-se. Não sejam maus / más para mim!

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