terça-feira, junho 15, 2004

434. Momentos da Madeira – Histórias de Loiras

Não, Catarina, não me venhas já aqui comentar isto, ‘o que é que eu tenho contra as loiras e etc. e tal’ porque eu não tenho nadinha contra as meninas que usam o cabelo pintado de amarelo ou que têm como cor de cabelo aquele amarelo natural, tão bonitinho. Nos restaurantes da marina do Funchal, os respectivos donos deram em trocar as meninas madeirenses por empregadas caucasianas, lindas e loiras, loiras e lindas. Obviamente que as madeirenses não estão a gostar, têm a sua quota-parte de razão, principalmente porque não foram trocadas à luz da qualidade de trabalho e simpatia (todas as mulheres madeirenses que eu tenho o privilégio de conhecer são simpatiquíssimas), mas sim por outras razões (perguntem ao vil metal, que ele explica) entre as quais a cor dos olhos e dos cabelos. E como os olhos também comem, sempre vos digo que metade da refeição propriamente dita fica no prato. Não se pode comer com os olhos e com a boca ao mesmo tempo sem prejudicar um deles. Mas por acaso, tudo o que eu disse antes foi, como soi dizer-se, a talhe de foice. Eu ía apenas contar que estando numa pequena fila de trânsito aproveitei para perguntar a uma senhora, por acaso loira, como é que se chamava aquela terra. Ela respondeu-me, ‘É a Madeira!’. Logo eu que estava na dúvida se seria a Berlenga, as Caraíbas ou a Ilha Maurícia. E o que é que isto tem a ver com loiras?

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