sábado, junho 24, 2006

995. Os intelectuais e o rei na barriga

Talvez eu tenha alguma raivinha de estimação por políticos, jornalistas, intelectuais e outros fazedores de opinião. Talvez seja algum recalcamento, um trauma de infância, alguma dor de corno. É um bom tema a explorar nas minhas próximas consultas com a minha psicóloga. O que eu não tenho é a má-criação que muitos deles aparentam sob a intelectualoide capa com que se revestem. E se há coisa que não tenho é o rei na barriga.
Vem isto a propósito de um comentário que deixei, num dos raros blogs, que leio, escritos pelas classes que mencionei.
Eu conto a história.
Um famoso senhor Fernando Venâncio, ao que sei (saberei?) ligado aos meios universitários, intelectuais e de opinião da nossa praça, publicou uma tradução portuguesa, a partir de uma versão holandesa de um poema de um poeta que ele (Fernando Venâncio) considera (ou pelo menos faz eco), "…Han Dong, representante - assim foi dito - de certa nova corrente, que preza a linguagem comum". Porque eu não gostei do poema, não achei nada de interessante nessa linguagem comum, mas os intelectuais lá sabem, serão porventura mais avalizados para achar o que é bom do que eu, resolvi fazer uma pequena charge num comentário. Um comentário ao estilo do PreDatado, blogger, mas não desligado do Alves Fernandes, pessoa, pois tudo o que aqui escrevo não só o assumo, mas é também, obviamente, um reflexo do seu autor.
Ora o Senhor Fernando Venâncio não gostou nada da brincadeira o que eu, mesmo sem ser um intelectual do seu nível, reconheço ser um direito dele. O que não lhe reconheço é o direito de me ter apelidado de estúpido. Por isso lhe dei uma resposta imediata na caixa dos comentários e agora à posteriori aqui no meu blog, para que se posterize. É que ser intelectual não é forçosamente sinónimo de ser bem formado ou de ser bem educado. Pode apenas ter sido consequência do berço que tiveram. Pode não ser o caso do senhor Fernando Venâncio. Mas eu conheço vários assim. E quando alguém me quiser chamar estúpido que me chame, mas que o demonstre primeiro.


PS. Senhor Fernando Venâncio fique também a saber o seguinte, já que fez o favor de me referir as suas competências. 1- Não sei chinês; 2 – Falo razoavelmente português, espanhol e francês; 3 – Antes dos seus “há 37 aninhos” a falar holandês, já eu falava inglês. 4 – Gosto de bolacha Maria a acompanhar o café com leite.

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