terça-feira, julho 11, 2006

1006. Confuso?

Anedotas
Há uns anos atrás contaram-me uma anedota de um taxista que passava todos os sinais vermelhos dos semáforos e parava nos verdes. Interrogado pelo cliente respondeu-lhe: “É evidente porque paro nos verdes. Imagine que vem aí outro maluco como eu”. Então não é que hoje vi um tipo, em pleno centro de Almada, a fazer o mesmo? Isto é mesmo um país de anedotas.

Confusão
Na repartição de finanças o sistema informático estava “em baixo”. Cada um, munido da sua senha, aguardava a sua vez e, por sua vez, que o sistema resolvesse dar sinal de si. Até que veio. A funcionária ao balcão perguntava “quem está primeiro?”. Nós, algumas dezenas, olhávamos para a senha e, com cara de parvos, um para os outros, sem que ninguém soubesse responder. Até que alguém lembrou à senhora que bastava ir carregando no botão que muda o número da vez, que cada um responderia na sua ordem. Confuso ou simplex?

Produtividade 1
Há dias em que me dão pancadas na cabeça. Hoje decidi sair de casa munido de cronómetro. Cheguei ao posto médico às 08h10m, tirei a senha e fui inscrito às 8h50m. 40 minutos de espera. A consulta tinha início previsto para as 09h00. Fui o número três, atendido às 9h45m. Mais 45 minutos de espera. A consulta, incluindo prescrição médica durou 6 minutos. Mais 47 minutos de espera para a colocação da vinheta e marcação de nova consulta. Vá lá, vá lá, na repartição de finanças apenas esperei 52 minutos pelo sistema informático. E apesar de que, entre o último chamado, antes da avaria, e a minha senha, houvessem 42 números de diferença, nem todos tiveram paciência para esperar e lá me safei. Ao todo perdi 185 minutos. Praticamente dois jogos de futebol já com os descontos. Mas sem prolongamento. Produtividade?

Produtividade 2
À saída do posto médico um casal chamou um táxi. O taxista tomou os passageiros e arrancou de imediato. Antes que tivessem tempo de colocar os cintos, mas pior, antes que a passageira que se sentou no banco de trás tivesse fechado a porta do carro. Este taxista sabe o que é produtividade. Não sabe é o que é segurança. Não me admiro que a seguir passasse o semáforo vermelho. Valha-nos ao menos que parará no próximo verde. País de anedotas? Não, nem por isso.

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